domingo, 8 de agosto de 2010

ÉTIENNE GUILLÉ: PRIORIDADE À TRADIÇÃO




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ETIENNE: PRIORIDADE À TRADIÇÃO

Lisboa, 31/Maio/1992 - O número de 11 mil anos antes de Cristo é adiantado por Etienne Guillé (entrevista sobre «O 3º Milénio») como sendo a data aproximada do «grande acontecimento» cósmico: segundo ele ensina em artigo saído em uma revista chamada «3ème Millénaire», seria essa a Era em que a terra foi visitada por seres que de humanos tinham pouco mas que ajudariam, teriam ajudado a humanidade a evoluir na Linha Luminosa de outra dimensão.

Mas também Jacques A. Lavier, no seu livro de «La Bio-énergétique Chinoise» (Maloine, Paris, 1976), é de aproximadamente 11 mil anos antes de Cristo que fala, ao referir-se, sem preconceitos, ao Continente Mu e à fundação do que, dezenas de séculos mais tarde, na Europa, filósofos como René Guénon ou Julius Evola, designariam «Tradição Primordial Viva», expressão também citada por Etienne Guillé.
Esta precisão da data, coincidindo em dois investigadores que nem sequer se citam um ao outro, tem alguma importância num contexto de cepticismo pirrónico onde abundam os profetas mas onde os números não concorrem para reforçar convicções e para robustecer a Fé na Nova Idade, na «Conspiração aquariana», como prefere chamar-lhe Marilyn Ferguson. Afluentes deste Rio não têm faltado na Europa e na América do Norte , ao longo dos séculos, desde William Blake aos surrealistas, desde Carl Jung a Erich Fromm, desde Swedenborg aos denominados «transcendentalistas» norte-americanos (Emerson, Henry Thoreau, Bronson Alcott, Margarert Fuller). Um «pequeno grande toque», porém, faltava a toda esta plêiade de precursores, profetas, mergulhadores do inconsciente colectivo e esse toque é Guillé quem vem dá-lo, religando, com o Pêndulo, Tudo a Tudo. A Antiguidade de 11 mil anos antes de Cristo para o Advento à Terra dos seres luminosos, até nem é muito remota, se a compararmos com a antiguidade que, segundo Etienne Guillé, está inscrita no ADN do código genético. Toda a espécie humana se encontraria aí, no ADN da célula, isso já o sabíamos, mas toda a memória da vida, também, e mais: o seu futuro, também, o seu potencial infinito. Isto é vertiginoso, apesar de ser - tudo o indica - verdade.
Expressões que se popularizaram, como a de Einstein, sublinhando que a Humanidade só aproveita 10 por cento das suas capacidades cerebrais, começam a tomar maior consistência com Etienne Guillé, porque ele - e isso é de facto inédito nesta temática! - não joga com palavras, propõe números, ao mesmo tempo que tudo fica mais próximo da nossa prática quotidiana. E ao mesmo tempo que ensina como operar para ter sempre à mão esses milhões de anos para a frente e para trás de nós... É vertiginoso mas - tudo indica - parece que é mesmo verdade, e que a humanidade tem direito e ter um homem chamado Etienne Guillé para a guiar..
Etienne, aliás, é modesto, atribuindo a um acontecimento cósmico - o regresso de um «canal» cósmico adormecido, em 26 de Agosto de 1983 - essa faculdade de ajudar a transmutar as nossas conturbadas vidas de seres humanos e a ultrapassar a sua condição desesperada de Fim de Era. Guillé religa todos estes fios - o mais próximo e o mais afastado, o tempo e o espaço, o especulativo e o operativo, o teórico e o prático - dá-lhe um sentido e uma direcção, reforça-lhes a dinâmica e sinergigamente potencia todos os pequenos, médios e grandes contributos que até agora foram sendo esboçados e que vinham a acumular-se desde sempre - desde que Mu naufragou ... - e que podem colocar-se na linha de heresia que acompanha a história desde a Queda.
Quase como anedota, dir-se-ia que Guillé é o homólogo inverso de Umberto Eco: este pegou no Fio da Tradição Primordial Viva para a submeter ao Dogma pequenino e moderno da Razão. Guillé, pelo contrário, pega nesse Fio, confronta-o, ponto por ponto, com a Ciência e - guiado pelo Pêndulo - dá prioridade de passagem à Tradição.
As démarches modernas para reatar esse «Fio da Meada» - a que alguns poetas chamaram esse «grande rio subterrâneo» - têm sido, no entanto, tão numerosas, que o risco inflacionário de livros e autores pode ocorrer. É também o que pode contribuir para atrasar ou inutilizar o encontro de muita gente com Guillé, que se vê submerso e subalternizado, minimizado, no meio de tantas correntes que têm anunciado o mesmo Advento e que já quase se tornaram «leit motiv» de uma ladainha sem sentido. Teosofia, realismo fantástico, o já citado surrealismo, psicanálise do inconsciente colectivo, parapsicologia, neo-orientalismo, são às dezenas os mitos e rótulos que correm mundo anunciando esperanças nunca até agora concretizadas. De Guillé se terá de perguntar: será mais uma falsa esperança que vem ser anunciada? O menos que poderemos dizer é que: oxalá não seja mais uma, mas apenas a Esperança que finalmente nasce. Porque no tempo de Countdown em que vivemos, já não podemos esperar por mais ninguém. Se Guillé não é o Profeta, nunca mais o Profeta chegará. Ele é de facto a nossa derradeira e única chance. Portanto e por isso, ele tem de estar certo. Ele está certo.
Voltando aos afluentes do grande rio subterrâneo: Sem que nos apercebamos bem do porquê, a verdade é que Guillé parece remoçar todos esses contributos e os que por eles andaram «perdidos», ganham nova esperança de não terem perdido o seu tempo. Afinal, a intuição guiava-os e não os enganou. Aliás, todo este movimento era suficientemente vasto e suficientemente intenso para que pudesse corresponder apenas a uma mera ilusão. Mas o numeroso grupo de profetas, gurus e aproveitadores contribuiu enormemente para enraizar a dúvida no espírito de alguns mais prudentes. Guillé vem desfazer a dúvida: ele quantifica as energias vibratórias que emanam de todo o ser vivo - mineral, vegetal ou animal - , que emanam de tudo e faz falar essa linguagem universal, linguagem que sempre foi mitificada através das eras mas que jamais fora encontrada. Só a Torre de Babel ficou de pé...
E ao quantificar, ao mensurar, ao materializar o imponderável, tornando-o operativo e comprovável urbi et orbi, criou o mais poderoso e necessário dos poderes. Os sonhos, por exemplo, podem ser lidos pela 1ª vez com rigor aritmético, quando até agora abundavam as «interpretações» facultativas, arbitrárias, subjectivas( embora algumas até possam ter acertado, porque a intuição, apesar de adormecida, não está morta no ser humano).
É aqui a Novidade e é aqui que começa a Nova Era, tantas vezes anunciada antes... É aqui que se pode falar de salto sobre o abismo - de Kali Yuga para Aquário - , de antes e depois de Guillé. É aqui que algo mudou qualitativamente, desde há mais de 11 mil anos (+ 2 mil depois de Cristo). E não se pense que ele próprio - talvez um pouco assustado com a Caixa de Pandora que abriu, com as forças que desencadeou... - não põe esse facto em questão: se de facto não houve «a revolução cósmica de 26 de Agosto de 1983», então nada mudou nem nada poderá mudar. Se assim foi, o melhor para a Humanidade é mesmo suicidar-se o mais alegremente possível, como aliás vem fazendo com particular pertinência e gáudio de há uns séculos a esta parte.
Toda a obra de Guillé vai no sentido de demonstrar, aritmeticamente, que temos os minutos contados (o Countdown da corrida para o abismo) mas que o 26 de Agosto de 1983, não só existiu, não só estava desde sempre previsto que viria, como se tornou, por Força do destino, o detonador do Inevitável e do Inelutável: a transmutação alquímica da vida sobre o planeta no seio cósmico. Chama-se a isto - e pela 1ª vez na triste e sombria história humana - a Esperança.
Imperativa, Operativa, Inevitável e Indiscutível - a Esperança. A lei cármica, como lei das leis cósmicas, é estrutural à Natureza e não uma teoria, uma arbitrária e mutável construção mental de filósofos ocidentais (aliás, é um dos maiores bloqueios da nossa condição cultural, a dificuldade em distinguir uma lei cósmica real, física, concreta - como a lei da gravidade - de uma teoria). Tal como a lei da gravidade, a ordem cármica impõe-se-nos inelutável e fisicamente. Daí que o 26 de Agosto de 1983, mais cedo ou mais tarde, tenha de surgir...
Esta será, com certeza, uma das razões que tornam a obra de Guillé um passo «revolucionário» no processo e no pensamento evolucionário que levou séculos a amadurecer e a criar forças para o Salto Qualitativo. Guillé, no entanto, não enfrenta polemicamente o sistema da Morte, da Entropia e da Violência, limita-se a verificar números, a recordar datas, a apontar factos, a lançar dados e a integrar tudo isso em redes de lógica irreversível cada vez mais potentes e claras. Lógica que torna a Verdade uma realidade quase palpável.
A obra de Guillé é claramente mas não ostensivamente subversiva da ordem estabelecida, apenas na medida em que automaticamente fornece a chave para a construção de uma humanidade mutante desta. Não porque seja ela própria - a obra de Guillé - uma heresia mas porque vem dar força a todas as heresias que através da história minaram o establishment. Um exemplo: sempre se suspeitou de que a lei cármica, na sua essência, era perigosa para a estabilidade do sistema estabelecido. O poderoso em geral e o déspota em particular viram nessa «justiça universal» a punição confirmada a que tinham direito... Sabe-se, por exemplo, que a Igreja rechaça com veemência a ideia de reincarnação e não se compreende muito bem tão violenta alergia... Agora, com Guillé, a ordem cármica torna-se de tal modo evidente, impositiva, necessária, quotidiana, que já não é possível mais fugir às nossa eventuais más e péssimas consciências do que estamos fazendo neste Mundo.

GRANDES ÁREAS DA MINHA LIVROTECA PESSOAL

O esquema de distribuição dos livros nesta casa tornou-se tão óbvio, que o vou fotografar as estantes em película a cores...
Área da Entropia ( Ecologia & arredores...)
Área da Desentropia
Área dos evocativos desde a Infância:
- A magia do Conto(*)
- A magia da Gravura (preto e branco) (**)
- A magia dos glossários-dicionários-lexicários (**)
(*) A magia do Conto - O mundo vibratório do mundo infantil - O mundo vibratório das lendas (...e contos à lareira...) - O mundo vibratório do discurso onírico-automático e do discurso arcaico (cada vez mais próximo do inconsciente colectivo) - o mundo vibratóruio do mito e do símbolo -
(**) A magia da gravura - Interface: o mundo vibratório do sonho - o mundo vibratório da mandala - o mundo vibratório das cores - o mundo vibratório dos cogumelos alucinogénicos - o mundo experimental da arte em computador
(***) A ilusão (mágica) de ter todo o universo em casa dentro de dicionários e enciclopédias: esta utopia das utopias é agora realidade com a «linguagem universal» descoberta por Etienne Guillé: aquilo a que ele chama «a linguagem vibratória» falada por todos os seres do universo...