quarta-feira, 24 de novembro de 2010

MEDICINA ALQUÍMICA: O CONTRIBUTO DE ARAÚJO FERREIRA



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24-11-1998

A MEDICINAS ALQUÍMICA: CONTRIBUTO DE ARAÚJO FERREIRA

Num livro que publicou, em 1975, escrito à máquina e copiografado, o saudoso Araújo Ferreira indicou uma pista de pesquisa que este roteiro se honra de apontar e seguir.
Num trabalho chamado «Energia Cósmica», Araújo Ferreira apresenta um conjunto de temas que a ciência académica ainda não assimilou nem assimilará tão cedo. Ou não assimilará nunca.
Imagine-se o que palavras como as que se seguem pode suscitar nas prevenidas cabeças dos especialistas, que vêem sempre o mundo com o olho de trás:
Ondas cósmicas
Pirâmide de Keops
Radiestesia
Ondas de forma
Casas assombradas
Zonas de cancro
Circuitos oscilantes
Amuletos
Fetiches
Oscilações
Vibrações
Energia biológica
Onas biológicas
Vibrações biológicas

Para se aventurar a escrever sobre temas tão «estranhos», Araújo Ferreira socorre-se de alguns nomes franceses: René Barthélemy, Marcel Violet, Ménétrier, Gabriel Bertrand, Léon Vannier e, claro, do incontornável génio que foi George Lachovsky.
Tem este texto um handicap insanável: está orientado no sentido de fazer a propaganda, na revista «Viver», que ele então dirigia, de um aparelho, o «Bio-Dynamics», criado pelo eng. francês Marcel Violet e que era suposto dever entrar no mercado português ao preço de 3.750$00.
Mas se havia um óbvio interesse comercial no assunto, a verdade é o que o tema da bionergia fascinava Araújo Ferreira como fascina qualquer espírito que navegue nas águas da Naturologia e queira ir além da vulgaridade positivista da ciência académica oficial.
Aliás, esse apelo da bionergia vinha do cultivo que Araújo Ferreira fez da Acupunctura.
Ele quis traduzir em termos ocidentais a sabedoria da bioenergética chinesa. Só que, para a ciência ocidental, há dificuldades insuperáveis para conseguir estabelecer uma Bioenergética. E são elas:
- o intrínseco e crasso materialismo de toda a ciência e de toda a sociedade ocidental
- a divisão e subdivisão das ciências que tornam não só impossível como herética qualquer tentativa de síntese holística ( síntese que é a própria definição de Bionergética)
- os preconceitos positivistas da ciência académica continuam a barrar qualquer caminho de abertura, no sentido quer macrocósmico quer microcósmico (ADN molecular)
- A ausência de uma cosmobiologia ocidental, enquanto a bioenergética chinesa se abebera numa fonte que tem mais de 10 mil anos de existência...

O MATERIALISMO OCIDENTAL

Aliás, a própria concepção do «Bio-Dynamics» - aparelho com que se pretendia «vitalizar» os alimentos e água de beber - já é, em si mesmo, resultado das limitações materialistas da ciência ordinária: a corrente eléctrica e os aparelhos que a utilizam, são uma parte - magnética e electromagnética - de todo o potencial vibratório e energético do ser humano.
Araújo Ferreira foi dos primeiros a utilizar acupunctura eléctrica e laser no seu consultório mas também foi dos primeiros a fazer algumas críticas a essa «limitação materialista» que contrariava o espírito e a natureza da medicina tradicional chinesa.
Quando Araújo Ferreira e Marcel Violet falam de bioenergia, estão a falar de energia electromagnética ou corpo físico. E o corpo físico é um dos 7 corpos energéticos que, segundo Rudolfo Steiner, constituem o potencial vibratório do ser humano.
Os aparelhos eléctricos (todos os aparelhos utilizados em medicina alopática e naturopática) limitam e aprisionam o potencial vibratório do ser humano nesse primeiro corpo físico, separando-o dos outros e mutilando assim o ser humano potencialmente composto de corpo, alma e espírito.
É como precursor da moderna cura alquímica ou iniciática que devemos apreciar Araújo Ferreira e não como aquele que se aproveita da obra feita.

DA BIOQUÍMICA À ALQUIMIA DA VIDA

Mesmo como produto comercial, não está provado que o «Bio-Dynamics» não tivesse todas as virtudes proclamadas de «vitalizar» água e alimentos...
Na descrição dos metais, iões e eléctrodos que intervêm no aparelho, Araújo Ferreira acerta em cheio e as suas informações continuarão a ter pertinácia para uma ciência médica que queira abrir-se à actividade electromagnética da célula e que da bioquímica possa dar finalmente o salto para a alquimia da vida.
O cobre - diz ele - é o mais importante dos metais catalíticos, com um papel insubstituível na formação da clorofila (plantas) e da hemoglobina do sangue.
O magnésio influi sobre o tónus geral, consolida o esqueleto e regula o metabolismo do cálcio.
Níquel e zinco são reguladores do sistema nervoso.
Silício actua nos tecidos conjuntivos e cicatriciais, pâncreas, baço, fígado, suprarenais, problemas cardio-vasculares, cancro, arterioesclerose.
Ouro e prata são antisépticos e em casos de doença bacteriana ou virótica.
Vanádio age sobre a mineralização dos ossos e dentes.
Cobalto age sobre o artritismo, a circulação, a anemia perniciosa e lesões neurológicas.
Dos metais por ele citados, três são metais alquímicos: Cobre, Ouro e Prata. Faltou-lhe só citar Mercúrio, Ferro, Chumbo e Estanho para que ficasse completo o plantel dos 7 metais alquímicos.
Talvez se considerem simplistas os termos em que Araújo Ferreira fala dos elementos catalíticos.
Talvez: mas esses pressupostos levaram às 7 correntes mais importantes da medicina moderna:
- Medicina do Terreno
- Medicina Ortomolecular (Linus Pauling)
- Medicina antroposófica (Rudolfo Steiner)
- Oligoterapia (Ménetrier)
- Gnose Vibratória e Alquimia da Vida (Etienne Guillé)
- Medicina metabólica
- Alquimia alimentar (Michio Kushi)
Se a medicina, quer alopática quer naturopática, ainda não leva a sério estes dados, o problema é da medicina (doente crónica incurável) e dos doentes tratados por ela.

AS 7 MEDICINAS ALQUÍMICAS

Em todas elas são protagonistas os iões metálicos, de que a Bioquímica fala acidentalmente...
O menosprezo por estas 7 terapias deve-se, afinal, a uma razão meramente comercial: toda a terapia que for radicalmente eficaz como são essas sete terapias de terreno, tende a desaparecer de cena porque não alimenta o negócio da doença que é o negócio dos hospitais, das vacinas, das farmácias, das escolas de medicina, enfim, a engrenagem da doença a que, paradoxal e pateticamente, se continua a chamar saúde.
Quer em Alopatia quer em Naturopatia, as técnicas que recuperam a saúde serão sempre minimizadas ou marginalizadas. Tudo o que diminuir o número de doentes e a dependência dos doentes, quer em relação à Alopatia, quer em relação à Naturopatia, será menosprezado e esquecido por uma e por outra .
O princípio da «água vitalizada» comercializada por Marcel Violet e apresentada por Araújo Ferreira, é simples mas lógico e eficaz. Provavelmente iria diminuir drasticamente o número de doentes nos consultórios...


Não é abuso verbal nem metáfora que a energia cósmica seja chamada para um processo onde apenas parece haver reacções químicas.
Como o trabalho de Rudolfo Steiner (no livro «Fisiologia Oculta») e a Gnose Vibratória ou Alquimia da Vida de Etienne Guillé mostraram e demonstraram, estamos em plena era da alquimia médica, em plena era da cura iniciática, por mais atrasos de vida que se interponham no caminho entre macro e microcosmos.
O desastre das actuais medicinas deve-se, precisamente, a que doutrinas erradas se tornaram rentáveis e lucrativas para o sistema médico-farmacêutico. E só o que produz doentes é, obviamente, lucrativo e não o que drasticamente as diminui.
Quando for possível desapertar este nó que estrangula as duas medicinas - alopática e naturopática - talvez o doente seja libertado da escravidão que continua a suportar e a pagar do seu bolso, pensando que é a segurança social que paga.

ECOLOGIA HUMANA E ALIMENTAR

Pista que desafia a pesquisa é a «água das trovoadas». Diz A. Ferreira:
«Em algumas regiões do mundo é normal o aproveitamento pelos camponeses da água das trovoadas. Esta água fertiliza e acelera o crescimento dos vegetais. Diversas observações confirmam (que) a existência de radiações cósmicas absorvidas pela água.»
Ao chamar a atenção para os factores adversos do ambiente externo que «desvitalizam» água e alimentos, A. Ferreira fornece mais uma pista que não tem sido, nem de longe nem de perto, assimiladas pelas duas medicinas, Quer alopática quer naturopática: a Ecologia Alimentar, capítulo da Ecologia Humana, que se saiba não é ainda dada nas escolas médicas.
A. Ferreira aponta:
- Frigorificação de alimentos
- Água canalizada com cloro
- Água engarrafada em matéria plástica
- Fibras sintéticas na roupa
- Agricultura química
- Empobrecimento dos alimentos em sais minerais e vitaminas
Não aponta, claro, o que veio posteriormente a 1975 e que são as modas alimentares mais recentes:
- Microondas
- Hamburgers
- Congelados
Segundo A. Ferreira, a desvirtuação começa na alimentação infantil:
- Água fervida e, portanto, desvitalizada
- Alimentos cozidos, pasteurizados ou conservados e/ou em embalagens metálicas
Para uma lista mais completa, ele poderia ter acrescentado outros factores que se têm acumulado no ambiente e, portanto, na água de beber e nos alimentos :
- Pesticidas
- Hormonas
- Antibióticos
- Metais pesados
- Adubos
- Aditivos alimentares
- Alimentos refinados
- Conserva
- Metil mercúrio

O SER HUMANO É O MELHOR APARELHO

Daria certamente muita satisfação ao Araújo Ferreira saber que, pela Gnose Vibratória (Étienne Guillé) é possível ao ser humano constituir-se em aparelho biodinamizador de tudo o que toque: seres vivos, água e alimentos.
Para quem conheça a Gnose Vibratória, é fácil transferir de um metal (ou de uma cor) a respectiva carga vibratória e transmiti-la a uma água, alimento ou ser vivo que precise, assim, de ser «dinamizado».
Porque - nunca esqueçamos aquilo que todos parecem esquecer - temos eléctrodos, iões e actividade eléctrica nos nossos 600 biliões de células. Somos, portanto, o aparelho mais perfeito jamais inventado.
Lá se ia o negócio do Bio-Dynamics» por água abaixo, o que - estamos certos - não incomodaria minimamente o Araújo Ferreira, mais interessado no ser humano do que nos negócios.

CONTRIBUTO PRECURSOR: DA OLIGOTERAPIA À MEDICINA ALQUÍMICA

Ao chegar à página 63 da obra que estamos citando, Araújo Ferreira deveria revelar finalmente o que verdadeiramente lhe importa.
Não é vender o produto mas chamar a atenção para uma figura de que foi um dos primeiros a pressentir a importância : Georges Lakhovsky «um dos primeiros - conforme sublinha - a pôr em evidência as relações entre radiações cósmicas e fenómenos vitais.»
Igualmente antológico e precursor das medicinas «alquímicas» como a oligoterapia, é o texto de Araújo Ferreira que apresentamos em Anexo deste trabalho.
Passando em revista os nomes de Gabriel Bertrand, Ménétrier e Léon Vannier, deixa um resumo da matéria médica verdadeiramente precioso num curso de Naturologia.
Para um aluno do 1º ano desta escola, que só no 2º ou 3º irá poder familiarizar-se com matérias tão importantes em naturologia como são as terapias alquímicas e vibratórias, é muito conveniente que estas sínteses holísticas lhe comecem, como bússola, a indicar o caminho.
Para que isto não seja um calvário de ciências particulares de onde a vida e o ser humano se encontram totalmente ausentes.
Sendo a Oligoterapia uma etapa decisiva na medicina metabólica, na medicina do terreno e na medicina ortomolecular, não podemos no entanto esquecer que ela é apenas um antecedente das duas medicinas alquímicas modernas :
- A Antroposofia
- A Gnose Vibratória■

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